O QUE ESPERAR DOS DESASTRES CLIMÁTICOS

Obviamente, Estados Unidos e União Europeia vão aumentar sua pressão para o controle da poluição e da destruição ambiental em todo o mundo. Essa pressão já tem sido feita sob a liderança de Biden, na Cúpula do Clima, ou bem antes, resultando na assinatura do Acordo de Paris por 195 países, visando a emissão de gases estufa a partir de 2020.

Até o momento, muito poucas realidades mudaram, mas, como sempre, o dinheiro dá as cartas. É uma aplicação complexa em suas inúmeras facetas, mas a verdade é uma só. A substituição dos métodos herdados da civilização industrial pela economia verde só se dá quando esta última gera mais lucros do que a primeira.

A pressão política também pode funcionar (em parte). Já se sabe que em terras amazônicas há muitos tesouros minerais a explorar, até mesmo diamantes. Mas se a mineração substituir as árvores, de onde virão as chuvas do centro-sul do Brasil? E a biodiversidade, com seu potencial para a cura de doenças? E as zoonoses, transmitidas pelos bichos que perdem seu habitat natural e vão procurar alimentos nas cidades vizinhas? Quantos diamantes para compensar essas tragédias?

De qualquer forma, o chamado primeiro mundo, que já arrasou com a sua terra nativa há muito tempo, em prol do “desenvolvimento”, agora raciocina em termos holísticos e não vai concordar com a destruição do pequeno manancial de natureza que lhe resta. Os desastres climáticos bateram à sua porta, alguma coisa precisa ser feita, desde os avanços tecnológicos que geram economia verde ou bioeconomia, até a prevenção de novos desastres, pelo cuidado com a atmosfera terrestre, em parte influenciada por florestas e oceanos.

Governos asiáticos e latino-americanos que ponham suas barbas de molho. Incentivem também as empresas a exercer ESG. Negociem, cooperem. Evitem possíveis intervenções que podem ser muito graves, a começar pelas sanções econômicas.

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