#INOVAÇÃO E ESPÍRITO EMPREENDEDOR


Ex Assessor de Estatísticas e Projetos na Abap Nacional (Associação Brasileira de Agências de Publicidade)

Este título é de um livro de Peter Drucker. Estou pedindo emprestado.
O que temos assistido nos últimos tempos é uma valorização da inovação além das espectativas. Alguns motivos são responsáveis por esse fenômeno: a velocidade no desenvolvimento dos negócios com o auxílio de novas tecnologias e o desejo dos consumidores por novos modos de vida. Agora principalmente, quando ainda não sabemos bem o que esse tal de corona vírus nos reserva.
Resultado: quase todo mundo é inovador, no mínimo para se deferenciar no mercado ou para driblar a crise de alguma maneira.
Há muito tempo, David Ogilvy já havia afirmado que as palavras mais fortes da propaganda eram Grátis e Novo. Grátis é um pouco mais complicado, mas o Novo pode estar grafado em qualquer embalagem. Entretanto, a inovação não é assim tão óbvia. Outro autor de prestígio, Peter Drucker, ensinou que para ser inovador, o novo negócio precisa transferir recursos de baixa produtividade para alta produtividade. Um dos melhores exemplos foi a criação do container – as mercadorias estavam empilhadas no porto, um trabalho enorme para coloca-las nos cargueiros. A simples ideia de criar caixinhas padronizadas transformou o transporte em algo muito mais rápido e barato.
Resta pensar um pouco sobre o valor de certas inovações na transformação de nossas vidas. O que vale mais, as inovações tecnológicas ou as inovações sociais? As primeiras são difíceis de medir, estão em profusão hoje em dia. Mas e as sociais? Podemos elencar invenção do dinheiro; a criação dos fundos de investimentos, que trouxeram para o mercado a poupança dos pobres e da classe média; ou a introdução das eleições livres, fruto da necessidade de liberdade de escolha. E as mais recentes? A desigualdade social e as favelas, por exemplo, estão espalhadas pelo país inteiro à espera da citada “transferência de recursos de baixa produtividade para alta produtividade". Quem se habilita? O governo, a sociedade civil, todos em cooperação. Poderá sair daí um novo embrião, um novo container?
Tudo nasce de uma necessidade ainda não atendida, cujo tempo tenha chegado. O raciocínio é simples: se conseguimos identificá-la com clareza, chegamos à boca da mina. Se conseguimos realizá-la, abrimos a porta.

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